Estou triste ou com depressão? Sempre sou solicitado a responder esta pergunta. Primeiro é necessário entender tristeza como ingrediente de estar vivo.
Está vinculado com vicissitudes (inconstância, instabilidade, variabilidade) do dia a dia. Afinal, apesar da rotina, cada novo dia é diferente do dia anterior.
Deprimido é termo médico, representa um conjunto de sinais e sintomas, caracteriza uma doença, exige tratamento.
Para entender melhor a depressão clínica ou maior, é diagnosticada utilizando o código de doença (CID 10) com a ocorrência de pelo menos 5 dos 9 sintomas seguintes, presentes por 2 semanas ou mais e responsáveis por interferência significativa no ambiente social (familiar e trabalho).
– mau humor constante, tristeza ou irritabilidade
– letargia ou fadiga
– perda do interesse de atividades que eram prazerosas
– mudança súbita de apetite ( pra mais ou menos)
– sentimento de culpa, de não se ter valor algum
– lentidão, impaciência, ficar borocoxô
– dificuldade de pensar e de se concentrar
– pensamentos suicidas e de morte

Estou triste ou com depressão?
Conceituar e valorizar interferência significativa no desempenho das atividades dos ser humano é um problema. Vamos simplificar:
Se existe prejuízos na vida prática, com impacto na qualidade de vida, na satisfação, no rendimento, na sensação de estar satisfeito com a vida que esta levando, tens problema.
Uma dica importante é valorizar o histórico familiar de problemas semelhantes ou história franca de tratamento no passado.
As chances de ser doença depressiva aumentam. O importante é que o tratamento medicamentoso não funciona quando for tristeza.
É comprar efeitos colaterais sem benefícios. Sempre é melhor procurar um profissional psiquiatra e, juntos, avaliarem a necessidade ou não de tratamento.
Escolher a forma de fazê-lo, avaliar a relação custo beneficio e, principalmente, informar-se sobre o profissional que escolheu para ajudá-lo – fazemos isso quando procuramos um mecânico para o carro – é determinante de sucesso.